quinta-feira, 24 de novembro de 2016

As unhas dos pés

Há um problema que me tem vindo a assolar... as minhas unhas dos pés!
Uma semana antes de dar à luz, com 20Kgs extra, consegui cortar as unhas dos pés, mas agora, passados cinco meses, parece uma tarefa impossível!
Nunca elas estiveram tao grandes como agora, ultrapassando mesmo as da minha filha!
Juro que se deixar passar mais uma semana, vou conseguir coçar as próprias costas, sem esforço! Pareço um pequeno T-Rex, furiosamente buscando um corta-unhas pela casa. Aqui está um facto engraçado: os corta-unhas estão em todo lado. Em cada gaveta, caixa ou prateleira há um desses estafermos à espreita, até ao dia em que são, efectivamente, necessários... então, evaporam-se, os malditos!
Vou juntar-me à comunidade agrária das meninas da Ribeira do Sado e serei uma super estrela de produtividade, utilizando as unhacas dos pés como arado. Suspiro!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Ciclovias!!!

Para chegar ao trabalho, faço diariamente um troço da marginal. Gosto de conduzir. Gosto da marginal: ver o mar diariamente é um privilégio que nem todos têm e que, em mim, tem um certo "efeito xanax" (não me dá sono, deixa-me mais zen, uma óptima terapia para começar o dia!).
Do que não gosto mesmo nada é do transito (acho que ninguém gosta!)... e ainda menos, dos ciclistas que teimam em pedalar alegremente por essa marginal afora, entre as 7H00 e as 8H00 da manhã!!! 
Eu sei que "o ar é de todos", mas não consigo deixar de ranger os dentes e murmurar toda uma panóplia de impropérios cada vez que me apercebo que a fila na qual estive durante meia hora em passo de lesma, de repente deixa de existir após a ultrapassagem de um desses aduladores de camisolas amarelas... 
Mais: ninguém deveria ter energia para pegar numa bicicleta antes das 10H30, quanto mais pedalá-la e, no processo, interferir na minha pacífica ligação com o cosmos!!
E não, isto não é a mágoa de ser a única pessoa à face da Terra que já soube andar de bicicleta e se esqueceu a falar. É mesmo a dor de quem acorda às 6H00 para chegar a horas ao trabalho!
Senhores ciclistas, eu sei que a culpa não é vossa. Sinto-me até uma pequena Iznogoud, ao escrever este texto. A culpa é deste país pouco evoluído, que devia ter investido em ciclovias... mas não posso deixar de sorrir, com um sentimento misto de vingança e satisfação, quando penso no frio e na chuva que ai vêm!



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Purpurinas

Passei grande parte da tarde a colocar trabalhos dos meus alunos nas paredes. Desde que começou este maldito projecto, já me arrependi um milhão de vezes por ter sugerido o uso de purpurinas, aquelas microcarraças brilhantes, inventadas pelo Demo para nos moer o juízo!
Encontro aqueles malditos pózinhos em todo o lado: nas mãos, braços, rosto e cabelo, estão aos milhares em todos os pedacinhos incautos da minha pele e roupa!
Aliás, já não é a primeira vez que chego a casa para dar de mamar à M e as minhas mamocas parecem carros alegóricos de um Carnaval brasileiro (eu sei que ele está quase aí, mas é ridículo!).
Pontos positivos? A minha filha não se distrai com nada que a rodeia enquanto se alimenta, pois tem um festim de pequenos espelhos mesmo em frente do nariz...
Ai, filha! Por este andar vais ser uma dragg queen feminina!...


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O Tombo

Hoje tive dia livre! Há uns meses atrás, isso seria sinónimo de dormir até uma hora que o meu pai consideraria "indecente", mas desde que a M nasceu que se tornou o meu despertador pessoal, dando o último sinal às 7H00, com sorte...
Assim sendo, com uma linda manhã completamente livre, resolvi mostrar o mar à pequena, pela primeira vez, fazendo-me acompanhar pelo meu pai e pelo meu cão.
"Fracasso" seria uma palavra fofinha para descrever o passeio. A M nem olhou para o mar! Achou muito mais interessante o tráfego da marginal ("Popóóóóóó!!!" - incentivava o meu pai).
Depois de uns minutos de passeio, para coroar a manhã em glória, quando esforçava os meus olhos, ressequidos pelas noites em branco, a ler o horário de um dos bares da praia, dei por mim sem chão... Literalmente!! E não podia ter caído muro abaixo e aterrado na areia! Tinha que ter aterrado nos últimos dois degraus de pedra dura, de gatas, levando o cão comigo (este último não só não se importou, como ficou super feliz por ir para a areia, onde abocanhou imediatamente um pauzinho)!
Ninguém viu nada. Mas aparentemente foi audível o suficiente para o meu pai, que já ia mais à frente com a M, olhar para trás e para fazer parar uma senhora, preocupada.
Podia dizer que o que me dói mais é o orgulho, mas é mesmo a canela, a coxa e o tornozelo!
Posto isto... amanhã somos capazes de voltar lá!